Minha posição sobre IA
Aqui vai meus pensamentos sobre IA e minha posição sobre seu uso.October 19, 2025
Já tem um tempo que sinto a necessidade de refletir sobre esse tema e esta página é uma condensação de como me sinto em relação à IA e onde acho que ela se encaixa ou não.
A partir da página do Dereck Sivers e lendo alguns dos seus textos encontrei o manifesto do Damola sobre IA que converge com o que já vinha pensando fazer, logo, resolvi aderir e aqui estou.
Utilização
Todo o conteúdo que publico neste site é criado por mim sem geração por IA seja inteiro ou parcial.
Atualmente, utilizo IA como uma ferramenta de conexão de pensamentos e para buscas mais complexas, contudo, sempre me preocupando com a veracidade das informações e sem envolvimento emocional. Nisto se resume meu uso pessoal.
Para fins profissionais, utilizo IA como ferramenta para entregar as necessidades solicitadas, sempre analisando um contraponto de veracidade das informações solicitadas.
O que eu penso sobre
Assim como a bolha das “.com” no começo do milênio, invariavelmente o capitalismo vai absorver e dominar uma “nova tecnologia”, gerar demandas e tentar extrair o máximo de lucro em cima. Quando digo capitalismo, aqui, entenda-se os donos dos meios de produção.
As aspas em “nova tecnologia” são motivadas por IA (PLN) não ser nova, ela está por aí há muito tempo, inclusive nos anos 60 Joseph Weizenbaum criou a ELIZA, projetada para processar linguagem natural (PLN), originalmente escrita em MAD-Slip, criando um marco na computação. Com o uso, Weizenbaum expressou preocupações éticas em relação ao potencial de as pessoas confiarem demais em máquinas para questões emocionais. Ele ficou surpreso ao descobrir que algumas pessoas desenvolviam uma ligação emocional com a Eliza, compartilhando detalhes pessoais e tratando o programa como um confidente.
Aqui entramos em uma das primeiras interações homem-máquina, assunto pelo qual me interesso bastante e pretendo mergulhar a fundo futuramente através de alguns autores, incluindo o Nicolelis.
A geração dessa dependência emocional das pessoas pela IA atualmente tem se tornado muito comum, no outro lado, empresas têm baseado todo seu negócio core no uso de modelos de grandes players e não apenas como uma ferramenta. Esses grandes players que detêm os modelos de IA estão saindo no prejuízo na relação custo vs. retorno e, em algum momento, quando decidirem aumentar o valor do seu uso para ao menos minimizar as perdas, muitos negócios vão ter que se reinventar ou vão ruir. Para as pessoas, a necessidade vai estar posta; a realidade atual é essa, tudo e todo mundo usa IA no seu cotidiano e, quando encarecer, o que irá acontecer?
Meu problema não é com a tecnologia de LLMs, afinal, tudo é matemática no fim das contas; meu problema é como ela tem sido inserida para cooptar as pessoas. O brainrot está aí para nos mostrar que existem perigos em como as coisas estão sendo feitas. Evito ao máximo consumir conteúdos gerados inteiramente por IA, e existe uma citação que se enquadra bem aqui: “por que eu deveria me dar ao trabalho de ler algo que ninguém se deu ao trabalho de escrever?”.